Casa de nha Bernarda, 10 anos depois!

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O nosso grupo vai remontar a mítica peça «A Casa de nha Bernarda», praticamente 10 anos depois de ter sido apresentada. A estreia está prevista para o dia 08 de Setembro, precisamente, o dia da abertura do Festival Mindelact 2007.



Pois é, esta é a grande novidade do mês. Por motivos «operacionais» não foi possível ter todas as condições necessárias para a montagem da peça «A Tempestade», de William Shakespeare, que ficou adiada por alguns meses, estando previsto os ensaios começarem em Maio de 2008.

Por esse motivo, o grupo avançou para aquele que foi desde há muito tempo, um sonho antigo: remontar a peça «A Casa de nha Bernarda», estreada em Novembro de 1997. Esta montagem será, como é óbvio, dedicada à memória de Joana Évora, actriz que interpretou o papel de mãe de Bernarda, e que viria a falecer dois anos depois de conseguir realizar um dos sonhos da sua vida: pisar um palco de teatro enquanto actriz.

Claro que estamos todos um pouco mais «velhos». Mas por isso mesmo, um pouco mais experientes e com bastantes mais quilometragem de palco, como se costuma dizer. E também pela diferença temporal, o elenco encontra-se, nesta versão, substancialmente alterado.



Vejamos então, papel por papel:

Bernarda: fica a cargo de Maria Auxilia Cruz, actriz do grupo, inactiva desde 2004, por motivos de estudo. A última peça que participou foi «As Três Irmãs», nesse ano. Maria Auxilia terá a enorme missão de «fazer esquecer» a actriz portuguesa Guida Maria, que interpretou o papel de forma brilhante, em 1997.

Pantcha: vai ser interpretada por Bety Gonçalves, devido à indisponibilidade de Ducha Faria, que havia feito o papel na versão original.

No papel das cinco filhas foram convidadas as actrizes Gabriela Graça (mantém-se no papel de Angústias, a filha mais velha de Bernarda); Romilda Silva (interpreta Madalena); Luana Jardim (como Martírio); Nadira Delgado(como Amélia) e finalmente Silvia Lima (na irreverente Adela).

O mítico papel de Maria Josefa, interpretado pela malograda e inesquecível Joana Évora em 97, será interpretado desta feita por Anilda Rafael.

Os restantes papeis femininos estão entregues a Mirtó Verissimo (que é também assistente de encenação), Patricia Alfama, Patricia Estevão e Karina Lizardo.

A grande estreia está prevista, como já dissemos, para o dia 08 de Setembro, na abertura do Festival Mindelact.

Quem nos quiser ir visitar, estamos todos os dias lá no CCP, das 18 às 24 horas, no mínimo!

De partida para mais uma digressão

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O nosso grupo de teatro prepara-se para mais uma digressão internacional, desta feita, para participar, no final de Agosto, em dois importantes festivais internacionais, em Portugal, no Fundão e em Lisboa, com a peça «O Doido e a Morte».



A primeira dessas participação é no Festival TeatroAgosto, que se realiza ao ar livre e privilegia a linguagem da encenação, o gesto, o movimento e a acção enquanto expressão autónoma. A programação dá especial relevo a propostas que se inscrevam nas vertentes do Teatro Tradicional do Ocidente (onde a Commedia dell´Arte, o mimo, a prática dos contadores de histórias, a pantomima ou o Teatro de Feira são alguns dos seus principais representantes) ou propõem às Companhias rescreverem as suas encenações com vista a adaptarem a comunicação para um público mais amplo e mais disperso e em condições adversas e menos organizadas do que a rigidez arquitectónica de uma sala de espectáculos.

No Fundão, a nossa companhia apresentará o espectáculo no dia 24 de Agosto.

De seguida, viajará para Lisboa, para participar na VII edição do Festival Internacional de Máscaras e Comediantes com um formato de transição - um momento de reflexão e renovação a pensar num crescimento futuro. A abertura aos PALOP - países da comunidade lusófona - é uma das vertentes inovadoras desta edição, esforço que se pensa manter em posteriores edições, convidando sempre uma companhia de um destes países. Este ano a companhia convidada é, precisamente, o Grupo de Teatro do Centro Cultural Português - IC, com “O Doido e A Morte” de Raul Brandão.

Em Lisboa, actuaremos no ambiente mágico do Castelo de S. Jorge, no dia 25 de Agosto.




Lembramos que a aposta destes dois eventos neste produção está relacionada com o seu carácter estético e artístico: trabalho de máscaras e uma encenação inovadora. Esperemos que este possa vir a ser mais um sucesso do grupo além fronteiras.

Com esta, será a 21ª vez que o GTCCPM sai de Cabo Verde para se apresentar além fronteiras, o que faz do nosso grupo o mais internacional da história do teatro cabo-verdiano.


As Nossas Actrizes VII

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@ "Três Irmãs" - foto de João Barbosa

Maria Auxilia Cruz

Idade: -
Signo: -

Peças em que participou como actriz:

«Romeu e Julieta» – 1999
«Mancarra» – 1998 /2000
«
Os Velhos Não Devem Namorar
» – 1998
«Telemania» - 2002

«Três Irmãs» - 2004
«Casa de nha Bernarda» - 2007

Se tiver algo a dizer sobre esta nossa actriz, não hesite em deixar o seu comentário