Peças em Imagens: Rei Lear II (2003)

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@ Foto de Luis Couto
A peça de Shakespeare em crioulo que arrasou em 2003

«Mar Alto»: uma carreira de sucesso!

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A peça de teatro "Mar Alto", do GTCCPM - ICA, tem sido recebida com bastante entusiasmo por onde tem passado. A peça já foi apresentada no Mindelo, Praia, Porto, Famalicão e Oeiras. O jornalista de um dos semanários da nossa praça não hesitou em nomear esta peça como "a melhor produção cénica do ano", em 2005. Em Junho do ano passado, esteve presente no FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, um dos mais emblemáticos eventos teatrais da Europa. No final de Janeiro, é a vez do Rio de Janeiro.






O escritor e poeta Filinto Elísio escreveu sobre a peça Mar Alto:

"Não farei aqui uma recensão crítica da peça, até porque me faltaria engenho e arte. Apenas direi que gostei muito, muitíssimo. Quer da dramaturgia em si, quer da encenação. E já agora, curvo-me humildemente diante a interpretação dos três actores que, numa jangada estilizada e numa deriva faz de conta, deram dimensão dramática aos textos de Eugénio Tavares. E direi que os textos de Eugénio Tavares, enquanto crítica social e política, continuam actuais e oportunos. Aliás, a genialidade destes textos reside na sua explicita irreverência. E na sua implícita sapiência na relativização dos valores, ditos absolutos, como a Democracia, a Governação e a Civilização. Mar Alto nos permite ver e matutar sobre tudo isso, adaptando a essência ao espírito da época, o que não têm sido apanágio de alguma proposta artística nestas paragens., geralmente acríticas e comportadas. A Arte é um grande exercício da liberdade (ou das liberdades, para ser menos inexacto) e Mar Alto disse-o bem..."

O jornalista António Monteiro, por sua vez, destaca a interpretação do trio Manuel Estevão, Fonseca Soares e Paulo Santos e considerou-os, não sem uma ponta de exagero, "provavelmente três maiores actores dramáticos da actualidade".


Actualidade: conhecer a Bienal de Artes do RJ

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Brasil-África: um Rio chamado Atlântico

A compreensão da identidade nacional passa pelo entendimento de que somos um povo em formação, novo, mestiço.

Confirmando esta ideia, a 5ª Bienal da UNE costura os fios de uma história que aparentemente se perdeu: a relação do Brasil com o continente africano e sua influência na formação da cultura brasileira. Para além da abominável violência do tráfico negreiro, houve uma relação de enorme troca cultural entre os dois continentes.

Portanto, o Brasil e a África, como demonstrou Alencastro em O Trato dos Viventes, não estavam simplesmente em contacto, mas faziam parte de uma mesma territorialidade, a do Atlântico Sul, espaço no qual o nosso país se formou. Um Rio chamado Atlântico, na imagem feliz do poeta, diplomata e historiador africanista Alberto da Costa e Silva.

Essa imensa massa de gente vinda da África, sob o jugo do sistema mais iníquo que a humanidade já conheceu, que é o de escravidão, foi um elemento fundamental, em muitos aspectos preponderante, na construção do povo brasileiro. O próprio Rio de Janeiro foi um espaço privilegiado na construção desta identidade. Capital da colónia a partir de 1763, do império português durante a presença da corte, e mais tarde do Império do Brasil, a cidade carioca acolheu escravos e negros alforriados, egressos, principalmente do maior porto negreiro africano ao sul do equador, o porto de Luanda, de onde saíram mais de 200 mil escravos, metade dos quais para o Rio.

O Rio foi, assim, o principal caldeirão da formação desta nacionalidade. Escravos libertos juntavam-se aos que já estavam na cidade para “sincretizar” e criar uma parte importante da cultura brasileira. Rio de Janeiro, cidade negra, capital cultural do Brasil, urbe síntese da nossa nacionalidade, expondo as nossas maiores relações com o continente africano.

Actualidade: «Mar Alto» volta a viajar!

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O Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo - ICA, com a peça «Mar Alto», foi convidado para estar presente naquele que é o maior festival cultural estudantil da América Latina. Com o tema central «Brasil - África: um Rio chamado Atlântico», esta Bienal organiza uma Mostra Convidada, com vários artistas africanos e brasileiros para abrilhantar este gigantesco evento cultural. As boas referências da produção teatral «Mar Alto» - uma homenagem realizada ao poeta cabo-verdiano Eugénio Tavares - terão sido decisivas para o convite, que em muito honra o teatro das ilhas.

A 5ª Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE (União Nacional dos Estudantes) é o maior festival cultural estudantil da América Latina. Abrangendo toda as áreas da produção cultural – música, artes cénicas, artes visuais, literatura, ciência e tecnologia e cinema e vídeo – a 5ª Bienal da UNE retorna à cidade do Rio de Janeiro com expectativa de atrair um público de mais de 15 mil estudantes nos 6 dias de actividades.

Intervalo: on line, grinhassim!

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Vejam só o susto que apanhamos quando verificamos que, neste momento - dia 05 de Janeiro, pelas 19 horas - temos pessoas a ver o nosso blog oriundas da Turquia, China, Austria ou EUA!

Actualidade: XII Curso de Teatro

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O 12º Curso de Teatro já tem o seu blogue próprio. Vão lá fazer uma visita, deixar mensagens e aprender um pouco mais sobre teatro, a sua história e os seus grandes mestres!

Um abraço

O endereço é:

www.cursodeteatro12.blogspot.com