Peça em Imagens: Máscaras (2008)

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Peça: "Máscaras"
Ano: 2008

Fotografias de Kizó Oliveira

Peça em Imagens: "Mulheres na Lajinha" no Festiluso

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Peça: "Mulheres na Lajinha"
Ano: 2008
Local: Teresina, nordeste do Brasil

Peça em Imagens: Gato Malhado e Andorinha Sinhá (2008)

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Belas imagens... 











... fotografadas por Kizó Oliveira



Peça: Gato Malhado e Andorinha Sinhá (2008)
Grupo de Teatro do Centro Cultural Português - IC

O Gato Malhado, está quase!

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Gato Malhado: ficha artística e apresentação

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O Gato Malhado e Andorinha Sinhá

Ficha Artística

Coordenação Geral e Direcção Artistica
João Branco

Coordenação Geral e Direcção Plástica
Elisabete Gonçalves

Adaptação e Dramaturgia
Airton Ramos e João Branco

Música Original e Ambientes Sonoros
Neu Lopes

Desenho de Luz
Anselmo Fortes

Concepção de Máscaras
Elisabete Gonçalves

Elenco
Grupo de Teatro do CCP - IC

Sobre o espectáculo

Uma parábola contemporânea

Desde há muito que desejava colocar no palco uma adaptação teatral deste conto exemplar de Jorge Amado, certamente um dos maiores criadores literários do século XX. A história, aparentemente elementar e singela, fala-nos de uma paixão proibida entre dois seres que foram, por natureza, feitos para serem inimigos mortais. É uma poderosa parábola contemporânea, que nos mostra como o preconceito impede tantos seres humanos de serem felizes, pelo simples facto de se apaixonarem por alguém que o mundo próximo e social, considera «inadequado». Pode ser por causa da cor da pele, da conta bancária, do credo religioso, da nacionalidade de origem, da afeição clubista ou da filiação partidária. Apesar de tantos exemplos diários, parece que ainda não aprendemos que o amor é a grande arma para lutar contra uma sociedade alheia, triste, global, receosa, egoísta e tantas vezes hipócrita, como é esta em que vivemos hoje em dia.

Por isso esta adaptação teatral cumpre um desígnio que considero fundamental nesta forma de expressão artística única e essencial: servir de espelho da Humanidade e, seja pela emoção que induz, seja pela reflexão que provoca, conseguir, através dessa vivência partilhada, tornar-nos um pouco melhores seres humanos e mais conscientes das nossas forças e das nossas fraquezas.

Também por isso, e ao contrário do que possa parecer à primeira vista, não considero esta uma peça «infantil». É uma peça para todas as idades, porque o amor não tem fronteiras e nunca é tarde para apreender a poderosa influência que este pode exercer na nossa curta passagem pelo mundo dos vivos.

Dito isto, uma palavra aos 15 actores e actrizes do grupo de teatro do Centro Cultural Português - IC, que consegue juntar num mesmo palco imensa experiência e talento, como há muito tempo não se via na nossa companhia. Quisemos muito reencontrar esta história pelo ensinamento profundo que nos transmite. Quisemos dar a nós próprios uma demonstração da nossa capacidade de mobilização enquanto colectivo teatral. Quanto mais não seja, porque cada vez é mais certo que estar no palco e habitar outras vidas, é paradoxalmente incompatível com um estado de espírito egocêntrico, leviano e hipócrita que tantas vezes nos barra o caminho da felicidade.

João Branco Director Artístico do GTCCP Mindelo / IC

Gato Malhado: o cartaz

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42ª Produção

Dias 20 e 21 de Dezembro - 18:00 horas
Dia 25 de Dezembro - 17:00 e 19:00 horas

Auditório do Centro Cultural do Mindelo

42ª Produção: Gato Malhado e Andorinha Sinhá

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Por proposta do director artístico do grupo e absorção da mesma propostas por todo o grupo, estamos já em plena montagem da peça "O Gato Malhado e Andorinha Sinhá", que será a nossa 42ª Produção Teatral, e a terceira produção do grupo neste fantástico ano de 2008.

A estreia far-se-á no próximo dia 20 de Dezembro, com repetições no dia 21 e no dia 25 de Dezembro, dia de Natal.

Depois de "A Última Ceia", em Março, e "Máscaras", em Setembro e Novembro, o Grupo de Teatro do Centro Cultural Português - IC vem mostrar porque é o mais activo e produtivo dos grupos de teatro nacionais.



A peça que, originalmente, foi feita no âmbito do 12º Curso de Iniciação Teatral, sofrerá algumas modificações no texto e na encenação, e o elenco será praticamente todo renovado, desta feita quase todo ele composto por elementos do próprio grupo e três actrizes convidadas. Dois elementos que eram do curso foram, entretanto, convidados a integrar o próprio grupo. Isso faz com que elementos do grupo que há muito não trabalhavam juntos, tenham a oportunidade de voltar a contracenar em palco. Por outro lado, o grupo avança para um universo esquecido há já algum tempo, que é o teatro dirigido para o público mais novo. Embora todos consideremos que este espectáculo, pela qualidade e experiência dos actores, pela bela história e fantástica plástica (máscaras, cenário e figurinos) tem tudo para agradar ao público de todas as idades.

      Assim, a peça terá o seguinte elenco:

      Gato Malhado: Jair Estevão
      Andorinha Sinhá: Sílvia Lima
      Pai da Andorinha: Elísio Leite
      Mãe da Andorinha: Karina Lizardo
      Rouxinol: Arlindo Rocha
      Sapo Cururu: Nelson Rocha
      Papagaio: Elisabete Gonçalves
      Vaca Mocha: Romilda Silva
      Galinha Jericó: Zenaida Alfama
      Pomba Riolenta: Mirtó Veríssimo
      Cão Dinamarquês: Edson Fortes
      Coruja: Patrícia Estevão
      Manhã: Josy Rocha
      Tempo: Jorge Spencer
      Árvore: Ducha Faria

Os ensaios já decorrem há algum tempo e entram agora em fase de cruzeiro. É bom ver o grupo todo junto de novo!

Amor é Carga

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Uma das montagens sonoras da peça "Máscaras"







Música de Vasco Martins
Voz de Mayra Andrade
Poema de Eugénio de Andrade, "Amor é Carga"

Fotografia de Kizó Oliveira


Sublime Máscaras

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Sublime é o epíteto que melhor casa com "Máscaras", a peça baseada no poema de Menotti del Pichia que sobe hoje, 28, ao palco do auditório do Centro Cultural do Mindelo. Co-produzida pelo Grupo de Teatro do Centro Cultural Português - IC e a Companhia de Dança Raiz di Polon, a obra é de uma beleza comovente que nasce das palavras de Arlequim, Pierrot e Columbina. Personagens a que dão vida o Arlindo Rocha, João Branco e Romilda Silva, no cenário criado por Bento Oliveira e coreografia de Manu Preto e Beti Fernandes. (...)

A peça não seria entretanto tão marcante se os olhos de quem a vê não vissem também um cenário que conduz ao sonho. Tal como em "Auto da Compadecida", Bento Oliveira surpreende em cada detalhe, ajudado pelas máscaras de Abraão Vicente, pela indumentária de Elisabete Gonçalves e pelos objectos de Artur Marçal. Todos juntos criam um mundo de plasticidade com cara e cheiro a Cabo Verde. 

É nesse cenário que passeiam duas figuras estranhas - interpretadas por Manu Preto e Beti Fernandes - cujo talento é já reconhecido e premiado, e que dançam e se movimentam ao som da música de Vasco Martins e fazem recordar Orlando Pantera ao proferir excertos da letra de "Lapidu na Bo", do falecido compositor.

E mesmo que esta peça não despertasse todos os nossos sentidos, valeria pelo intercâmbio e cooperação que espoletou ao congregar talentos e esforços de três ilhas - Santo Antão, S. Vicente e Santiago -, mostrando assim que é maior aquilo que nos une do que as águas do mar que nos separam neste nosso pequeno Cabo Verde.


Teresa Sofia Fortes - Jornal A Semana (28 Novembro 2008)  

 

Peça em Imagens: Máscaras (2008)

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Belas
Máscaras!








Peça: Máscaras (2008)
Fotografias de Kizó Oliveira


O Amor de Arlequim e Pierrot aplaudido na Praia

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“Um fala do céu... o outro fala da terra!”

Imagine assistir a algo onde consiga encontrar um pedaço de si em cada personagem que caminha, em cada palavra transmitida, em cada sentimento sentido. “As Máscaras” são isto e muito mais… 

Margarida Conde - jornalista

O Amor. O “Fogo que arde sem se ver” de Luís de Camões, o “traje” de Bernardo Soares “que como não é eterno, dura tanto quanto dura” ou aquele que segundo Eugénio Tavares “é mar quando está manso, geme com gosto, ama no descanso”. Várias formas de ver uma”estranha coisa chamada amor”. 

Menotti Dell Pichia, poeta, escritor e pintor modernista brasileiro escreveu “Foi assim: deslumbrava a fidalga beleza da turba nos salões da Senhora Duquesa” e João Branco imaginou... “Um dia o actor brasileiro Cadú Favero olha para mim e diz-me que tem um sonho. E diz-me mais: que eu entro nesse seu sonho. Que sonho é esse, pergunto. A resposta não tardou e veio acompanhada da primeira fala de um texto poético-teatral que não conhecia, num bom sotaque carioca”. De imediato, uma montagem cénica no pensamento, “um relâmpago criativo, que apenas poucas vezes na vida ousamos experimentar”, diz João Branco. 

A peça teatral “Máscaras” era o próximo desafio. O Amor... de Arlequim e Pierrot por Columbina. Dualidades eternas. Em cada um deles há um pouco de cada um de nós. “O primeiro é o que beija o sonho, o segundo o que sonha com o beijo e a terceira a que ama, sem dó nem piedade o sonho e o seu espelho”.

Directamente do Mindelo para a Praia. Um hino ao Amor fez-se ver, ouvir e impressionar no Auditório da Assembleia Nacional. “Um espectáculo de palavra” que move-se em torno de três personagens, que se interligam, que suspiram os seus desejos emocionais e carnais numa “interpretação cantada, ou se quisermos quase suspirada”. 

Enquanto Arlequim e Pierrot piscam o olho a Columbina, cada um com o seu estilo, romântico ou explosivo, sereno ou fugaz, dois seres anónimos, “sem rostos, corpos deformes… deambulam pelos cinco sentidos, se tocando, se beijando, se vendo”, presenciando uma história de um trio amoroso. Duas interpretações dançantes, várias máscaras a deambularem pelas suas mãos e rostos. Mano Preto e Beti Fernandes, os bailarinos da Companhia Raiz di Polon, dão vida ao espectáculo com os seus incontornáveis gestos e expressões. 

Sussurra-se as últimas palavras… “Porque a história do amor só pode se escrever assim: Um sonho de Pierrot E um beijo de Arlequim!”. A plateia quase cheia do auditório aplaude de pé. O pano desce e fica-se com o sentimento de missão cumprida. 


Um espectáculo mais maduro

João Branco, encenador e director artístico do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português, apenas teve um desejo quando as palmas soaram pela sala. “Que levassem alguma coisa. Geralmente, costumo dizer que o mais importante é que as pessoas possam ser um bocadinho mais felizes, depois de serem confrontadas com aquilo que fazemos. Que tenham crescido enquanto seres humanos. Além disso, a arte cénica é muito transparente, nós damos aquilo que recebemos, não há bons e maus públicos, o que há é bons e maus espectáculos”. 

Sair do estereótipo básico do amor. Foi uma tarefa cumprida nesta peça que cativa pela escolha dos figurinos, musicalidade, desenhos de luz, cenário, bailarinos e interpretações espontâneas e sentidas. “Este texto demonstra que se pode celebrar o amor sem ser de forma vulgar, especialmente num lugar como Cabo Verde onde o amor é exaltado de uma forma demasiado “pimba”, seja através da influência das novelas ou das letras do zouke, - e eu até gosto de algumas novelas e de uma vertente do zouke que me permite dançar. Mas há sempre outra maneira de se fazer as coisas”. 

Os bailarinos. Duas figuras misteriosas, mascaradas, com um “je ne se quois” de misticismo e sedução, esvoaçam pelo palco trazendo consigo a riqueza dos movimentos. Os seus corpos brincam como duas crianças ao sabor do vento. “Não há perfeições na criação artística. Costumo dizer aos meus alunos que no dia em que fizerem a peça de teatro perfeita têm de parar de fazer teatro e partir para outra esfera de actuação. É por isso que considero a junção da companhia Raiz di Polon com o Grupo de Teatro do Centro Cultural Português muito interessante e resulta essencialmente da admiração que ambas as companhias têm uma pela outra, e do facto do trabalho de cada uma ser muito diferente, conjugando linguagens desiguais, permitindo uma grande aprendizagem mútua. Acerca do espectáculo na Praia, o Mano Preto disse algo muito acertado - «hoje senti que tínhamos uma co-produção». Uma sensação que não existia no Mindelo, porque não houve muito tempo para estarmos juntos. Este espectáculo está, pois, mais maduro”, revela João Branco, assumindo-se na “vida real” como uma mistura do que “beija o sonho e o que sonha com o beijo”. 

“Claro que há uns que têm mais tendência para a componente do desejo, ou seja, para a componente física, que é a muito cabo-verdiana. Sonhar aqui com um amor platónico chega a ser considerado um pouco maricas”, ironiza o encenador. 

Com interpretações de João Branco (Arlequim), Arlindo Rocha (Pierrot) e Romilda Silva (Columbina) e com uma participação especial de Mayra Andrade e Mário Lúcio Sousa, as “Máscaras” partiram da Praia de volta ao Mindelo, onde nos próximos dia 28 29 e 30 de Novembro, no Centro Cultural, preparam-se novamente para impressionar… 


Notícia publicada na última edição do jornal Expresso das Ilhas

Fotografia de Baluka Brazão


«Máscaras» em temporada

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Vamos promover o teatro?
Divulguem
, convençam os amigos, tirem-me esses rabos dos sofás!




Voz de Mayra Andrade, recitando poema de Eugénio Tavares «Amor é Carga»

Helder Style

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O "nosso" actor Hélder Antunes, a estudar Artes Cénicas no Brasil, em grande estilo, numa passagem de modelos!



Máscaras na Praia - Reacções

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A apresentação da nossa produção «Máscaras» na cidade da Praia, em conjunto com a companhia Raiz di Polon, foi muito positiva, apesar das grandes dificuldades técnicas inerentes ao péssimo material existente no auditório (dito) nacional. Mas nós todos sentimos que o desafio foi vencido e o público conquistado. Os ecos da nossa actuação não se fizeram esperar.

Eis algumas das primeiras reacções, via comunidade de blogueiros berdianos:

Crónicas Sujas, de Abraão Vicente

Depois de ter visto a estreia no Mindelo, ontem na Praia a peça “Máscaras”, pareceu-me mais madura, mais coerente e confirmou os seus pontos fortes: o texto, a banda sonora e o desempenho do Arlequim (João Branco). Um peça rica, sem economia e recursos (ou de Cultura). Gosto da ideia de uma colaboração entre o Grupo do Mindelo e os Raiz di Polón, mas não acredito que essa seja a peça ideal para que tal aconteça. Mais teatro na capital Precisa-se.


Sei que Quero Saber, de Margarida Fontes

Máscaras que impressionam! Fui, Vi ... amei. O texto é envolvente, apaixonante e actual. A partir do poema "Máscaras", de Menotti del Pichia, poeta, escritor e pintor modernista brasileiro, uma história sobre três personagens que fazem um hino ao amor. Nostálgico, entusiasmante e com apontamentos estratégicos de humor. Três figuras centrais... Arlequim, Pierrot e Columbina. Em cada um deles há um pouco de cada um de nós. (...)Parabéns ao João Branco e ao elenco pela audácia teatral, capacidade surpreendente em palco, naturalidade artística e principalmente por nos dar a conhecer este "espectáculo da palavra". Como ele próprio disse é impossível dizer-se que na Praia não se vai ao teatro... A sala estava quase cheia! Venham mais destes!


Crónicas de mim para mim, de Margarida

Parabéns pela escolha do texto: Brilhante! Uma excelente interpretação do poema "Máscaras" pelo Grupo de Teatro do Centro Cultural Português e Companhia Raiz di Polón. Uma noite feliz no Auditório Jorge Barbosa. Parabéns ao Arlequin atrevido. Um Arlequin de paixões e beijos intensos; teatral como se quer. Às vezes com uns laivos de "criolização" muito pertinentes! Valeu o doce e terno Pierrot, em equilibrio com esse Arlequin exuberante. Valeu pelo amor e pela paixão representados em palco através de duas fantásticas personagens que realmente levantaram o véu sobre dois grandes actores. Muito bonito, o movimento de cena dado pelas "duas máscaras" bailarinas e a beleza da Colombina do alto do seu pedestal. Venham mais vezes à Praia e ousem sempre! Parabéns e como diz o João, afinal há público para o teatro na capital!


Tempos de Lobos, de Mário Almeida

Fui espreitar, ontem, a peça de teatro «Máscaras» do João Branco [com Mano Preto escondido por trás de uma máscara]. Gostei da peça, do primeiro ao ultimo acto, que não foi no palco mas na plateia, com a improvisada (?) provocação aos presentes. Essa espécie de desenredo, que desperta pela sua imprevisibilidade, quase que responsabiliza as pessoas por aquilo que andaram a ver, confrontando a arte com as suas vidas. O melhor exemplo disso, no cinema, talvez esteja presente n' «O Sabor da Cereja» de Abbas Kiarostami: depois de passear, pelo enredo, a figura trágica do protagonista até ao suicidio, o cineasta nos deixa ver os bastidores das imagens das filmagens, questionando por dentro a própria obra, sem ligar aos «anseios» ficionistas do público. O efeito é estranho e obriga todos, igualmente, a questionar. Estranho, tambem, é o modo como soa a mediação de um fragmento textual, tirado a papel químico, das composições de Orlando Pantera no decorrer de uma cena teatral desse estilo. Fantástico! Ontem só faltou mesmo aquele beijo real (de que tanto se poetizou) a um felizardo qualquer que estivesse nessa halloween de alta definição.


Notal final: contamos brevemente poder colocar algumas fotografias do espectáculo.


Imagem: Abraão Vicente sobre impressão de da Vinci


Máscaras I

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Grupo de Teatro do Centro Cultural Português - IC
& Companhia Raiz di Polon

apresentam

"Máscaras"


Dramaturgia
A partir do poema «Máscaras» de Menotti del Pichia

Encenação e Direcção Artística
João Branco

Coreografia e Direcção de Movimento
Mano Preto

Cenografia e Direcção Plástica
Bento Oliveira

Ambientes Sonoros
Neu Lopes

Interpretação / Bailarinos
Mano Preto
Beti Fernandes

Interpretação / Actores
Arlindo Rocha
João Branco
Romilda Silva

Desenho de Luz
Anselmo Fortes

Participação Especial
Mayra Andrade & Mário Lúcio Sousa

Máscaras, Figurinos e Objectos
Abraão Vicente, Bento Oliveira, Elisabete Gonçalves e Artur Marçal

Música
Vasco Martins e Bernardo Sasseti

41ª Produção Teatral do GTCCPM/IC
em Co-produção com a Companhia Raiz di Polon


"Vejo as personagens pairando, voando, deslizando na sua existência, por este magnífico hino ao amor. Por isso, um espectáculo físico, plástico e sobretudo, um espectáculo da palavra. Uma interpretação cantada, ou se quisermos, quase suspirada. Esta musicalidade, inspirada talvez na forma de ser e estar do povo cabo-verdiano, um povo musical, por excelência. E dançante e alegre. Bamboleando e piscando o olho à vida. Às coisas belas da vida.

Em constante movimento, porque quem voa e pára, no chão há-de cair. "





Dia 19 de Novembro
Auditório Nacional Jorge Barbosa
Quarta-feira - 21:30 horas



Fotografia de Kizó Oliveira

«Máscaras» na Praia e Mindelo

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A nossa última produção teatral «Máscaras», feita em co-produção com a Companhia Raiz di Polon, da cidade da Praia, vai poder ser vista na capital de Cabo Verde e no Mindelo, este mês de Novembro.

Uma grande novidade! Na cidade da Praia será apresentada no Auditório Nacional Jorge Barbosa, no próximo dia 19 de Novembro, no âmbito da programação cultural do Simpósio sobre Indústria da Cultura que estará a decorrer naquela semana.

Na cidade do Mindelo, a peça fará uma curta temporada de 3 dias, no final do mês, com espectáculos nos dias 28, 29 e 30 de Novembro, no Centro Cultural do Mindelo.

A não perder!

Mensagem

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A propósito do nosso encontro com o director brasileiro José Celso, recebemos esta mensagem do nosso companheiro Helder Antunes, que se encontra neste momento no Brasil a estudar teatro:

«Foi com muita emoção e também muito orgulho, que tomei conhecimento (através deste blog) do encontro entre o GTCCPM e o José Celso, uma das grandes figuras do Teatro brasileiro.

José Celso, é muito falado e comentado, dentro da faculdade de teatro onde estudo aqui no Brasil, a UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), e sem dúvidas é dos encenadores mais controversos dentro do teatro que se faz por aqui.

Esse encontro, do Grupo, com o Celso (se é que ele me permite de o chamar assim, se se ele nao permitir peço desculpas) na minha opinião, é um momento impar na história do nosso grupo, e um momento grande de aprendizagem.

Penso, sem puxar brasa para a minha sardinha, o GTCCPM, cada vez mais se consolida e se afirma como um dos maiores grupos de teatro, não somente da Africa lusófona, mas de toda a Africa, e prova disso, é primeiramente a qualidade artistica do grupo, brilhantemente dirigido pelo João, e segundo pelo número de participações em festivais, e outros eventos ligados ao teatro, a nivel internacional.

Sempre disse e repito, que o curso de teatro que o CCP promove todos os anos, tem que merecer maior e especial atenção por parte das autoridades culturais de Cabo Verde, porque dai já sairam talentos enormes, que deram e continuam dando bons frutos dentro e fora do pais. (Eu com certeza se não fosse o curso de teatro do CCP, hoje não estaria aqui, em Florianopolis, Brasil, me graduando no curso de Licenciatura em Artes Cénicas).

Sem dúvidas, até hoje a única escola de arte dramática, no verdadeiro sentido da palavra é esse curso do CCP, só o nosso querido e amado Ministério da Cultura, ainda não pode reconhecer devidamente esse trabalho.

Terminando deixo uma saudação teatral a todos os elementos do grupo dentro e fora de Cabo Verde, e que com a qualidade artisitica do João e o talento dos atores, técnicos, cenografos, etc, possamos continuar fazendo mais e melhor teatro!

Helder Antunes


Nota final: entretanto, como escrevi ao Helder, o próximo curso de iniciação teatral vai ser feito em parceria com o Centro Cultural do Mindelo, estrutura do Ministério da Cultura de Cabo Verde. O que quer dizer, que esse reconhecimento oficial reclamado nesta mensagem, acaba de acontecer. Menos mal!

Curso de Iniciação Teatral

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Olhem, vem aí mais um, para quem quiser.




A qualidade é garantida. E os resultados estão à vista. De realçar que, pela primeira vez, duas instituições fundamentais para a promoção cultural no Mindelo, promovem em parceria um curso deste género. A primeira consequência, certamente, será a melhoria substancial das condições para ministrar uma formação que tem sido a base e o cimento do edifício teatral de S. Vicente. Aplausos.

Morreu Carlos Porto

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Uma triste notícia para o teatro lusófono: morreu o crítico de teatro e dramaturgo Carlos Porto.

O crítico de teatro e dramaturgo Carlos Porto morreu hoje aos 78 anos, em Lisboa, vítima de pneumonia, disse à agência Lusa fonte próxima da família.

Carlos Porto, pseudónimo de José Carlos da Silva Castro, nasceu no Porto em 1930 e notabilizou-se sobretudo na crítica de teatro durante quase cinquenta anos, sobretudo no Diário de Lisboa e no Jornal de Letras.

Maria Helena Serôdio, directora da revista Sinais de Cena e amiga do crítico de teatro, recordou hoje à agência Lusa que Carlos Porto «foi um dos grandes fazedores de opinião pública em termos de teatro». «Era um crítico muito respeitado e por vezes muito temido, que provocou algumas polémicas, mas que respondeu sempre com coragem e frontalidade», disse Maria Helena Serôdio, reforçando o papel que Carlos Porto teve na década de 1970 na divulgação do trabalho de Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo.

Foi, sobretudo, no Diário de Lisboa que Carlos Porto se destacou, disse Maria Helena Serôdio, «como combatente absolutamente decidido e corajoso sobre a liberdade do teatro, sobre a inovação e sobre o profissionalismo». Chegou a escrever algumas críticas sobre peças de teatro cabo-verdianas participantes nas primeiras edições do FITEI, no início dos anos 90.

(Na fotografia, com a esposa)

Com José Celso

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José Celso é um dos mais importantes - e controversos - encenadores da história dos últimos 50 anos do teatro brasileiro, e na nossa última participação internacional, em Teresina, tivemos oportunidade dec onviver com ele, numa especie de conferência absolutamente inesquecível.

Os 50 anos do Teatro Oficina foram transformados numa conversa muito descontraída com José Celso Martinez no Theatro 4 de Setembro, em Teresina. José Celso chamou ao palco os participantes de todos os países que integravam o Festival de Teatro Lusófono para contarem um pouco de como é o teatro onde moram.

Muito extrovertido e à vontade, sentado à beira do palco, José Celso iniciou sua palestra mandando um beijo estalado para o público. Logo após, tocou uma canção ao piano, levou todo mundo para a Praça Pedro II e fez uma ciranda, depois abriu um vinho português. “O vinho português nos une a todos também”, esclareceu. Além da língua que falamos, José Celso quis chamar a atenção para os vários pontos que os países que falam o português têm em comum.

Cada um dos convidados de Portugal, Cabo Verde, Brasil, Angola, Moçambique, San Tomé e Príncipe expôs as peculiaridades do teatro praticado nesses lugares. Música, dança, vinho, teatro e um palco. Só isso que precisava para José Celso Martinez Corrêa organizar uma tarde de festa da Língua Portuguesa no Piauí.

Nas imagens, podemos ver Elisabete Gonçalves e João Branco, do nosso grupo, dando as suas contribuições.

Historial das Internacionalizações II

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O Grupo de Teatro do CCP-IC é, desde há muito, o mais internacional de todos os grupos que já existiram em Cabo Verde. Formado em 1993, contabiliza mais de duas dezenas de participações internacionais, nos mais variados eventos e festivais de teatro, em países como Portugal, Brasil, Espanha, França, Holanda ou Itália.

No ano que agora tende para o fim, fomos mais três vezes ao exterior. Duas ao Brasil e uma a Angola. Para 2009, outras digressões estão previstas, a Portugal, Espanha e Brasil.

Eis o historial das internacionalizações, actualizado.

Confira aqui onde já fomos e o que fomos lá fazer:


Festival de Teatro Lusófono
País / Cidade: Brasil, Teresina
Peça: «Mulheres na Lajinha»
Ano: 2008



Festival Internacional de Teatro e Artes
País / Cidade: Angola, Luanda
Peça: «Mulheres na Lajinha»
Ano: 2008



FESTLIP - Festival de Teatro da Língua Portuguesa
País / Cidade: Brasil, Rio de Janeiro
Peça: «O Doido e a Morte»
Ano: 2008



Feira de Artes Escénicas da Galiza
País / Cidade: Espanha, Santiago de Compostela
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 2007



Festival Internacional de Máscaras e Comediantes
País / Cidade: Portugal, Lisboa
Peça: «O Doido e a Morte»
Ano: 2007



Teatro Agosto Festival Internacional
País / Cidade: Portugal, Fundão
Peça: «O Doido e a Morte»
Ano: 2007



5ª Bienal de Arte, Ciência e Cultura
País / Cidade
: Brasil, Rio de Janeiro
Peça: «Mar Alto»
Ano: 2006



XIX Festival del Sur - Festival dos 3 Continentes
País / Cidade: Espanha, Aguimes
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 2006



Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «Mar Alto»
Ano: 2006



Semana Cultural do Mindelo no Porto
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «Mar Alto»
Ano: 2005



Semana Cultural do Mindelo em Coimbra
País / Cidade
: Portugal, Coimbra
Peça: «Mar Alto»
Ano: 2005



FINTA - Festival Internacional de Teatro de Tondela
País / Cidade: Portugal, Tondela
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 2004



Mostra Internacional de Teatro
País / Cidade: Portugal, Valongo
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 2004



A Arte da África
País / Cidade: Brasil, Rio de Janeiro
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 2003



Festad'Africa - Festival Internacional
País / Cidade: Itália, Roma
Peça: «Cloun Creolus Dei» e «Cloun Futebol Club»
Ano: 2003



Roterdam 2001 - Capital Europeia da Cultura
País / Cidade: Holanda, Roterdam
Peça: «Agravos de um Artista»
Ano: 2001



Festival de Teatro de Língua Portuguesa em França
País / Cidade: França, Paris
Peça: «Agravos de um Artista»
Ano: 2000



Festival Internacional de Teatro Cómico
País / Cidade: Portugal, Maia
Peça: «Agravos de um Artista»
Ano: 2000



Festival Internacional Fazer a Festa
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «Mal d'Amor»
Ano: 1999



IV Estação da Cena Lusófona
País / Cidade: Portugal, Coimbra, Évora e Braga
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 1999



Porto Natal Teatro Internacional PONTI
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 1999



ESTA - Festival de Estarreja
País / Cidade: Portugal, Estarreja
Peça: «Os Velhos Não Devem Namorar»
Ano: 1999



Ciclo Morrer d'Amor
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «Romeu e Julieta»
Ano: 1999



Bienal de Jovens Criadores da CPLP
País / Cidade: Mindelo, Cabo Verde
Peça: «Mancarra»
Ano: 1998



ACASO - Festival Internacional de Teatro
País / Cidade: Portugal, Leiria
Peça: «Mal d'Amor»
Ano: 1998



Festival Internacional de Marionetas do Porto
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «A Estátua e Etc.»
Ano: 1994



Festival Internacional de Teatro do Mindelo - Mindelact
País / Cidade: Mindelo, Cabo Verde
Participações sucessivas desde 1995 até 2007


O nosso grupo tem ainda espectáculos apresentados nos Açores («Mal d'Amor» e «Cachupa»), em Oeiras e Famalicão («Mar Alto»).