Curso de Iniciação Teatral

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Olhem, vem aí mais um, para quem quiser.




A qualidade é garantida. E os resultados estão à vista. De realçar que, pela primeira vez, duas instituições fundamentais para a promoção cultural no Mindelo, promovem em parceria um curso deste género. A primeira consequência, certamente, será a melhoria substancial das condições para ministrar uma formação que tem sido a base e o cimento do edifício teatral de S. Vicente. Aplausos.

Morreu Carlos Porto

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Uma triste notícia para o teatro lusófono: morreu o crítico de teatro e dramaturgo Carlos Porto.

O crítico de teatro e dramaturgo Carlos Porto morreu hoje aos 78 anos, em Lisboa, vítima de pneumonia, disse à agência Lusa fonte próxima da família.

Carlos Porto, pseudónimo de José Carlos da Silva Castro, nasceu no Porto em 1930 e notabilizou-se sobretudo na crítica de teatro durante quase cinquenta anos, sobretudo no Diário de Lisboa e no Jornal de Letras.

Maria Helena Serôdio, directora da revista Sinais de Cena e amiga do crítico de teatro, recordou hoje à agência Lusa que Carlos Porto «foi um dos grandes fazedores de opinião pública em termos de teatro». «Era um crítico muito respeitado e por vezes muito temido, que provocou algumas polémicas, mas que respondeu sempre com coragem e frontalidade», disse Maria Helena Serôdio, reforçando o papel que Carlos Porto teve na década de 1970 na divulgação do trabalho de Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo.

Foi, sobretudo, no Diário de Lisboa que Carlos Porto se destacou, disse Maria Helena Serôdio, «como combatente absolutamente decidido e corajoso sobre a liberdade do teatro, sobre a inovação e sobre o profissionalismo». Chegou a escrever algumas críticas sobre peças de teatro cabo-verdianas participantes nas primeiras edições do FITEI, no início dos anos 90.

(Na fotografia, com a esposa)

Com José Celso

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José Celso é um dos mais importantes - e controversos - encenadores da história dos últimos 50 anos do teatro brasileiro, e na nossa última participação internacional, em Teresina, tivemos oportunidade dec onviver com ele, numa especie de conferência absolutamente inesquecível.

Os 50 anos do Teatro Oficina foram transformados numa conversa muito descontraída com José Celso Martinez no Theatro 4 de Setembro, em Teresina. José Celso chamou ao palco os participantes de todos os países que integravam o Festival de Teatro Lusófono para contarem um pouco de como é o teatro onde moram.

Muito extrovertido e à vontade, sentado à beira do palco, José Celso iniciou sua palestra mandando um beijo estalado para o público. Logo após, tocou uma canção ao piano, levou todo mundo para a Praça Pedro II e fez uma ciranda, depois abriu um vinho português. “O vinho português nos une a todos também”, esclareceu. Além da língua que falamos, José Celso quis chamar a atenção para os vários pontos que os países que falam o português têm em comum.

Cada um dos convidados de Portugal, Cabo Verde, Brasil, Angola, Moçambique, San Tomé e Príncipe expôs as peculiaridades do teatro praticado nesses lugares. Música, dança, vinho, teatro e um palco. Só isso que precisava para José Celso Martinez Corrêa organizar uma tarde de festa da Língua Portuguesa no Piauí.

Nas imagens, podemos ver Elisabete Gonçalves e João Branco, do nosso grupo, dando as suas contribuições.

Historial das Internacionalizações II

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O Grupo de Teatro do CCP-IC é, desde há muito, o mais internacional de todos os grupos que já existiram em Cabo Verde. Formado em 1993, contabiliza mais de duas dezenas de participações internacionais, nos mais variados eventos e festivais de teatro, em países como Portugal, Brasil, Espanha, França, Holanda ou Itália.

No ano que agora tende para o fim, fomos mais três vezes ao exterior. Duas ao Brasil e uma a Angola. Para 2009, outras digressões estão previstas, a Portugal, Espanha e Brasil.

Eis o historial das internacionalizações, actualizado.

Confira aqui onde já fomos e o que fomos lá fazer:


Festival de Teatro Lusófono
País / Cidade: Brasil, Teresina
Peça: «Mulheres na Lajinha»
Ano: 2008



Festival Internacional de Teatro e Artes
País / Cidade: Angola, Luanda
Peça: «Mulheres na Lajinha»
Ano: 2008



FESTLIP - Festival de Teatro da Língua Portuguesa
País / Cidade: Brasil, Rio de Janeiro
Peça: «O Doido e a Morte»
Ano: 2008



Feira de Artes Escénicas da Galiza
País / Cidade: Espanha, Santiago de Compostela
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 2007



Festival Internacional de Máscaras e Comediantes
País / Cidade: Portugal, Lisboa
Peça: «O Doido e a Morte»
Ano: 2007



Teatro Agosto Festival Internacional
País / Cidade: Portugal, Fundão
Peça: «O Doido e a Morte»
Ano: 2007



5ª Bienal de Arte, Ciência e Cultura
País / Cidade
: Brasil, Rio de Janeiro
Peça: «Mar Alto»
Ano: 2006



XIX Festival del Sur - Festival dos 3 Continentes
País / Cidade: Espanha, Aguimes
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 2006



Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «Mar Alto»
Ano: 2006



Semana Cultural do Mindelo no Porto
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «Mar Alto»
Ano: 2005



Semana Cultural do Mindelo em Coimbra
País / Cidade
: Portugal, Coimbra
Peça: «Mar Alto»
Ano: 2005



FINTA - Festival Internacional de Teatro de Tondela
País / Cidade: Portugal, Tondela
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 2004



Mostra Internacional de Teatro
País / Cidade: Portugal, Valongo
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 2004



A Arte da África
País / Cidade: Brasil, Rio de Janeiro
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 2003



Festad'Africa - Festival Internacional
País / Cidade: Itália, Roma
Peça: «Cloun Creolus Dei» e «Cloun Futebol Club»
Ano: 2003



Roterdam 2001 - Capital Europeia da Cultura
País / Cidade: Holanda, Roterdam
Peça: «Agravos de um Artista»
Ano: 2001



Festival de Teatro de Língua Portuguesa em França
País / Cidade: França, Paris
Peça: «Agravos de um Artista»
Ano: 2000



Festival Internacional de Teatro Cómico
País / Cidade: Portugal, Maia
Peça: «Agravos de um Artista»
Ano: 2000



Festival Internacional Fazer a Festa
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «Mal d'Amor»
Ano: 1999



IV Estação da Cena Lusófona
País / Cidade: Portugal, Coimbra, Évora e Braga
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 1999



Porto Natal Teatro Internacional PONTI
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «Cloun Creolus Dei»
Ano: 1999



ESTA - Festival de Estarreja
País / Cidade: Portugal, Estarreja
Peça: «Os Velhos Não Devem Namorar»
Ano: 1999



Ciclo Morrer d'Amor
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «Romeu e Julieta»
Ano: 1999



Bienal de Jovens Criadores da CPLP
País / Cidade: Mindelo, Cabo Verde
Peça: «Mancarra»
Ano: 1998



ACASO - Festival Internacional de Teatro
País / Cidade: Portugal, Leiria
Peça: «Mal d'Amor»
Ano: 1998



Festival Internacional de Marionetas do Porto
País / Cidade: Portugal, Porto
Peça: «A Estátua e Etc.»
Ano: 1994



Festival Internacional de Teatro do Mindelo - Mindelact
País / Cidade: Mindelo, Cabo Verde
Participações sucessivas desde 1995 até 2007


O nosso grupo tem ainda espectáculos apresentados nos Açores («Mal d'Amor» e «Cachupa»), em Oeiras e Famalicão («Mar Alto»).


Texto de Homenagem I

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Por altura do nosso 15º aniversário, alguns amigos escreveram no Café Margoso, textos e comentários sobre o trabalho do nosso grupo. Vamos dar aqui conta de algum destes textos, começando pelo que escreveu o poeta Zé Cunha, cabo-verdiano emigrante em Lisboa.

Caros, João e trupe do Grupo de Teatro do Centro Cultural Portugês

Continuai o bom trabalho, sempre com golpes de audácia, sem pedir licença ou desculpas a ninguém. No entanto atentai, que muitas palmadas nas costas podem esconder furtivas adagas. Sejais mensageiros de boas novas, e muitas cenas. Sendo a nossa terra de muito vento e não pouca poeira, ignorai os grãos de areia com que buscam os ‘Fortinbrás’ turvar ‘a vista da alma’ de alguns incautos. Como disse Ricardo Reis “Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes.”

Esta é para mim “uma alegria de certo modo incompleta”. Não por ter lágrimas ou cânticos fúnebres, como era o caso em Elsinor, mas por estar apartado do vosso convívio, e da vossa obra apenas me chegar a doce tortura dos rumores, e o silêncio dos aplausos, que aos felizes Mindelenses invejo. Saibam que a lei comum que une os homens é as suas múltiplas fraquezas, e sabendo isto, que não é pouco, sabemo-nos perdoados. Sabeis melhor do que eu, que apenas sofro de melancolia, que não há ingratidão que vença a força de quem, por andar descalço, escolheu o conforto dos caminhos mais difíceis e rigorosos. Que as poucas recompensas, para além do caminhar orgulhosamente a ombro, e no plural, são as feridas, as nódoas negras, e as cicatrizes que sabemos nossas, e por o serem nos fortalecem, e nos lavam a alma. Que o mundo é feito de coisas vis, sabemo-lo todos. O que poucos sabem, ainda, é que esse defeito original é apenas um desafio, uma oportunidade que a natureza nos concedeu para a contrariarmos.

Escrevo-vos, sem nunca vos ter visto em cena, sem nunca vos ter conhecido, sem que entre nós tenha havido outro negócio que não o desta unilateral admiração. Prefiro que assim seja. Acerco-me pois de vós, como diria Horácio, por “capricho de vagabundo”. Mas também por fraqueza de coração e por amor, que tudo o que toca a Cabo Verde me obriga, por dever de gratidão, por capricho de amizade, e por alegria do espírito, ao reconhecimento e à partilha, sem Obrigado’s de circunstância.

Entendei, pois, como quiserdes este gesto. Saboreai este café como vos aprouver, com açúcar de lei, ou simplesmente “margoso” como manda a regra da casa.

Deixo-vos, a ti, João, e à tua trupe, um conselho, e um pedido aos vossos gentis corações vagabundos e saltimbancos.

O conselho, que não é meu (como podia o atrevimento?), ireis colhê-lo à Cena III, do Acto Primeiro, de Hamlet, o de Polónio a Laertes, na despedida, dispensando a mão paternal na cabeça, ou a haver uma, seja ela a vossa sobre a minha. “Fixa na tua memória estes conselhos: Não dês língua…” o resto está lá, lê-o com eles, e como é óbvio, é tanto para ouvir quanto para sentir.

O pedido é bem mais breve. Partilhai. Perseverai. Perseverai sempre na partilha.

“Palavras, palavras, palavras!”? Em tempos de ingratidão, é de justiça que duvideis.
Mas, “Ser ou não ser, eis a questão.”.

E, eu acredito!

    E na cal recrudesce a luz
    com o fulgor de uma aurora dourada.
    No fundo do teu coração habita um céu imenso.
    O que trago na ponta dos meus dedos
    é ainda o calor da tua face.

    Alexadre Cunha


    Ao João Branco e ao GTCCP

    O poema vem de longe com as palavras.
    No dorso do tempo a precária memória
    abrindo sulcos na geografia das pedras.
    É para a luz que o verbo sangra
    inevitável ferida, sopro e voz,
    raiz de fogo subindo à língua.
    Na boca arde ainda o grito
    das cinzas do primeiro canto.

    Alexandre Cunha


José E. Cunha

Nova Imagem!

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Depois de muito experimentar, de muito procurar, eis a nova imagem do Boca do Lobo, site oficial do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português - IC / Mindelo.

Mais simples visualmente, mais funcional, ou seja, de fácil leitura para quem precisa de se informar sobre a vida e a história do nosso grupo, ou para quem quer recordar alguns dos melhores momentos das suas vidas, como participante activo ou como espectador.

Esperamos que gostem!

Saudações Teatrais

«Máscaras»

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Ficha Artística

Dramaturgia
A partir do poema «Máscaras» de Menotti del Pichia

Encenação e Direcção Artística
João Branco

Coreografia e Direcção de Movimento
Manú Preto

Cenografia e Direcção Plástica
Bento Oliveira

Figurinos
Elisabete Gonçalves

Concepção sonora
Neu Lopes

Interpretação / Bailarinos
Manú Preto
Beti Fernandes

Interpretação / Actores
Arlindo Rocha
João Branco
Romilda Silva

Desenho de Luz
Anselmo Fortes

Participação Especial
Mayra Andrade & Mário Lúcio Sousa

Tema Musical
Vasco Martins

Em qualquer terra em que os homens amem.
Em qualquer tempo onde os homens sonhem.
Na vida.

41ª Produção Teatral
Co-produção com a Companhia Raiz di Polon



Estreia dia 08 de Setembro de 2008 / Festival Mindelact 2008

Crítica de «O Doido e a Morte»

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Niilismo cômico

Crítica da peça «O doido e a morte», que integrou o FESTLIP
De Humberto Giancristofaro

A trama da peça O Doido e a Morte, texto de Raul Brandão encenado pelo Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo, de Cabo Verde, parece fácil de ser descrita: um doido entra no gabinete do governador com uma bomba. O modo como os personagens lidam com essa situação revela uma sátira cheia de espirituosidade e dotada de um estilo bem humorado de ver a vida através da morte.

Aos poucos, três elementos se revelam e se mostram relacionados sob duas forças, dois movimentos distintos. O primeiro elemento é composto por dois artifícios: uma grande tela branca ao fundo do cenário, que assume cores marcantes com a luz e que vai acompanhando as mudanças de tons do espetáculo; junto com efeitos sonoros que dão máxima expressão a pequenos detalhes; essa sonoplastia ressalta especialmente os movimentos mímicos. A tela não é bem um plano de fundo: os poucos objetos que compõem o cenário são transparentes ou vazados, de forma a sempre incorporar a cor que irradia de trás e que se torna dominante na cena. Essa cor refletida ajuda a compor o fundo da história, como se retratasse o que está por trás de tudo o que se passa, além de exercer certa influência no momento da cena. Junto com a história não contada da vida de cada personagem, ela vai compor um elemento que se prende a marcas do passado, e é esse plano que contextualiza subjetivamente toda a história.

O segundo elemento são os personagens. Não há nenhuma relação social entre os dois personagens principais da peça, o Governador e o doido Sr. Milhões, mas eles são figuras acopladas, chegam a se declarar almas irmãs, fato que é importante para entender a conexão entre eles. Essa irmandade está na similaridade entre seres opostos. A ligação existe por que esses personagens sugerem apenas intensidades diferentes de uma mesma coisa: são personalidades que fogem da representação e do comum. Um quer ser um gênio e o outro quer ser um doido. O papel de ambos parece constantemente se inverter: o doido racionaliza sua descoberta filosófica e o esperto se desespera e endoidece de medo.

O terceiro elemento é o lugar da ação. O espaço da cena se resume ao gabinete do Governador, os personagens estão presos lá dentro, circunscritos a uma realidade momentânea e fatídica. Porém, este gabinete guarda toda a vida dos personagens, é nele que o Governador passa o seu dia, lendo, jogando golfe e escrevendo suas peças de teatro.

A bomba, guardada numa caixa, se mantém intacta, mas detona uma tensão entre os três elementos citados. Ela é uma força que vem de fora e atinge os personagens, forçando-os a reagir. Com a morte como única saída, todos os três elementos da peça ganham intensidade. A relação entre eles, forçada pela presença da bomba, gera basicamente dois movimentos. Primeiramente, um movimento centrípeto, no qual a sua vida e o conforto do seu gabinete parecem se desmoronar e ruir. Por um momento se descobre a futilidade e os desperdícios vividos - um peso que esmaga os personagens. O outro movimento, centrífugo, surge de dentro deles, do cárcere pessoal, e impele para a fuga. Qualquer saída é válida, cada um a seu modo se contorce para alcançar a sua. A porta do gabinete não existe no cenário e é sempre atravessada com gestos mímicos de abrir e fechar, por isso parece não ser uma opção real de fuga. O governador, por fim, trai todos os seus princípios morais para sair dali, chega a trair a si mesmo, entregando-se para seu único confessor possível, o doido, como grande mentiroso; enquanto o intransigente Sr. Milhões só vê uma forma de completar o ciclo niilista: explodir-se e desintegrar-se para que sua poeira seja dissipada pelo cosmos.

O destino dos personagens já parece estar indicado desde o início pelo uso de máscaras: elas apontam para o desfigurado, para aquilo que não pode mais expressar sentidos pelo canal da comunicação visual. A impressão que a peça nos traz aos poucos vai sendo sentida, não de forma cognitiva, mas pela intensidade sensorial e de tensão que ela nos causa. Alguns recursos cômicos explorados pelo diretor João Branco - como os movimentos em câmera lenta ou acelerada, ou o momento em que o Governador não compreende os devaneios filosóficos do Sr. Milhões e este rebobina suas falas e ações para repeti-las - compõem uma série de movimentos anômalos que desloca a narrativa para uma situação imaginária, que não precisa obedecer ao real, e pode assim enfatizar ou mostrar novamente o que não foi visto. O Sr. Milhões nos dá essa dica na fala: "Os livros, as peças, a arte, enfim, só valem pelo que sugerem. O que está lá em regra não presta para nada; o que cada um de nós constrói sobre a linha, a cor e o som é que é verdadeiramente superior." Ele parece nos dizer que o invisível, sugerido nas relações de forças da peça, traz à tona não um processo reflexivo, mas criativo. Essa é uma outra resposta possível para o niilismo que se coloca na peça: diante do vazio existencial, é possível preenchê-lo, é possível criar, é possível construir a diferença a partir do desfigurado, sem fugir da infinitude do tempo, mas indo em busca do tempo perdido.

Novas na Boca do Lobo

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Pois é, caros amigos e companheiros. Já lá vão alguns meses desde a última actualização do nosso espaço comum e isso é uma vergonha. Mas mais vale tarde do que nunca.

O nosso grupo não parou durante estes meses. Apresentamos a peça «Mulheres na Lajinha» em Maio, estivemos no Rio de Janeiro na primeira edição do FESTLIP, com a peça «O Doido e a Morte» e em Julho, em Teresina, também no Brasil, para apresentar a peça «Mulheres na Lajinha» no FESTLUSO. Dois festivais internacionais novos, que dão prioridade ao teatro de língua portuguesa, o que vem mostrar que este é um dos caminhos que deve ser explorado pelo teatro cabo-verdiano, se quiser alargar a sua montra.

Em Setembro, fizemos história, ao estrear uma co-produção com a Companhia Raiz di Polon, «Máscaras», naquela que foi a peça mais aplaudida do Festival Mindelact 2008 (que não necessariamente a mais elogiada!).

Novos projectos se preparam e deles iremos dar conta aqui na Boca do Lobo. Entretanto, já sabem, venham sempre, consultar o nosso historial, lembrar os nossos actores e actrizes, rever as nossas imagens de produções anteriores.

Saudações Teatrais